quarta-feira, 15 de maio de 2013

MP gera greve no Porto de Santos e alterações ficam de fora


Medida caduca amanhã, mas outros portos também ameaçam iniciar paralisações



Embora ainda não haja consenso sobre a MP (Medida Provisória) 595, o governo pressiona parlamentares para que a norma seja aprovada a tempo de caducar, ou seja, até amanhã. Até a noite desta terça-feira, os deputados discutiam a norma na Câmara e alguns pontos que sugeriam alterações foram retirados para acelerar a aprovação da Medida, que continua gerando polêmica.
Os trabalhadores do setor portuário, por exemplo, resolveram entrar na disputa política entorno da MP e vão cruzar os braços. No Porto de Santos, maior terminal do País, a greve começou por volta das 13h desta terça-feira, dia 14. De acordo com o Sindicato dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, a greve não tem data para acabar.  Além de Santos, os portos de Paranaguá e Rio de Janeiro, também devem iniciar greves. O motivo da paralisação é o recuo do governo na iniciativa de incluir os trabalhadores inscritos nos Órgão Gestor de Mão-de-Obra (Ogmos) na atuação nos portos privados. A manifestação política dos sindicatos da categoria é parte de uma ação conjunta com a Força Sindical, que pleiteia por mais direitos à categoria por meio do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.
Como trunfo para resolver o imbróglio, o governo pretende liberar as emendas feitas pelos partidos ao texto original da MP dos Portos. Além disso, a presidente Dilma Rousseff pressionou ministros a convocarem deputados de seus partidos a votar o projeto com urgência. A ideia seria repetir o empenho na votação do orçamento da União, no ano passado, e usar da ampla maioria da base governista para validar, sem sustos, a proposta que reformula o setor portuário. Agora, resta aguardar se a MP será aprovada antes de perder sua validade.



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