terça-feira, 17 de setembro de 2013

Fretes marítimos da China a Santos caem

Armadores apostam nas festas de fim de ano para a recuperação dos volumes perdidos












 A queda das importações da Ásia, que tem sido o motor do crescimento do transporte de contêineres brasileiro, derrubou os valores dos fretes na navegação. A aposta dos armadores são nas festas de fim de ano para a recuperação dos volumes e a rentabilidade perdida, iniciando uma rodada de aumento nos preços.

Entre o fim de 2011 e agosto, o frete de um contêiner de 40 pés da China para Santos oscilou de US$ 4.500 para US$ 2.300. Na exportação de Santos para a China, também houve queda, de US$ 1.600, em fevereiro de 2012, para US$ 1.250, em agosto.

O frete marítimo é determinado pela combinação de volume de carga e oferta de transporte. Segundo a Datamar, a importação da Ásia para o Brasil cresceu pouco no primeiro semestre, 3,4% sobre o mesmo período do ano passado. O índice de crescimento foi o menor entre todas as rotas de importação para o Brasil. Como as compras da Ásia representam quase 50% dos contêineres desembarcados no país, influenciam muito o custo final dos fretes.


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Governo revê plano para porto de Santos

Criação de um Terminal de Grãos na ponta da praia deve ser abolida para evitar monopolização


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Após realizar uma audiência pública com o mercado sobre as regras de concessão de 11 terminais locais, o governo decidiu rever os planos para o porto de Santos. A ideia de criar somente um terminal de grãos na Ponta da Praia deve ser abolida para evitar a monopolização temida por empresários do setor.
Segundo a ministra Gleisi Hoffmann, o governo deve transformar os quatro terminais existentes em dois: um terá a concessão renovada e os três outros serão fundidos. Durante a audiência, os empresários alegaram que a ideia original poderia gerar monopólio o que não seria bom para concorrência.
A concessão da operadora ADM na região da Ponta da Praia, que vence em 2017, deve ser renovada, pois é considerado um operador muito eficiente no Porto de Santos.
O recuo do governo, que prometia relicitar todos os contratos, pode se repetir em outras áreas do porto onde há contratos posteriores a 1993 com previsão de renovação. Segundo a ministra, o governo pode garantir a renovação de concessões nos portos de Santos e do Pará, que vencem em cinco anos, em troca de um plano de investimentos que atenda o objetivo de buscar eficiência.
A manutenção de terminais de grãos na Ponta da Praia enfrenta oposição dos moradores de Santos, que não queriam mais esse tipo de carga, de odor forte, na área considerada região nobre da cidade.


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Mantida redução de Imposto de Importação, diz Mantega

Ministro afirmou que está mantida a decisão de reduzir a alíquota para 100 produtos, a maioria usada como matéria-prima



Contêineres para importações: redução da tarifa foi anunciada como uma forma de baratear o custo dos insumos para a indústria
Cointainers em porto da Alemanha: exportações e importações

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, por meio da sua assessoria de imprensa, que está mantida a decisão de reduzir a alíquota do Imposto de Importação para 100 produtos, a maioria usada como matéria-prima. Segundo Mantega, a lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC), criada no ano passado para elevar a tarifa de importação, não será renovada e os 100 produtos incluídos na relação voltarão a ter a alíquota original a partir de 1º de outubro.

Em entrevista na segunda-feira, 2, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, afirmou que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) terá que definir, na próxima semana, se o Brasil manterá a lista de exceção TEC. Na entrevista, Godinho chegou a afirmar que não sabia se todos os 100 produtos teriam a redução do Imposto de Importação.

O secretário manteve a possibilidade de a lista ser usada para elevar Imposto de Importação para outros produtos. A redução da tarifa de importação para os 100 produtos foi anunciada por Mantega como uma forma de baratear o custo dos insumos para a indústria e evitar aumento de preços.

Apesar do anúncio da Fazenda, setores prejudicados pela medida tentam conseguir ficar fora da mudança, com apoio de integrantes do governo. O fim da lista, anunciado há um mês, depende de aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que se reúne na segunda-feira, 9.

A medida teve como objetivo ajudar o controle da inflação no cenário atual de valorização do dólar, mais favorável para a indústria. Uma fonte do governo argumenta, no entanto, que um estudo preparado pela equipe técnica do governo mostra que o impacto da medida na inflação seria marginal. Além disso, há uma avaliação de que alguns setores precisam de proteção tarifária mesmo com a alta do dólar.

Segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, apesar dos argumentos, o ministro Mantega considerou importante sinalizar para os agentes econômicos que o governo está preocupado com o controle da inflação e o com o aumento de custo da produção por conta da desvalorização do real.

A redução das alíquotas expôs mais uma vez as divergências entre os ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Mantega reagiu às declarações de Godinho, que está há pouco tempo no cargo, reafirmando a decisão de não renovar a lista. Procurado, o MDIC informou que não iria se manifestar sobre a declaração de Mantega.

Dentre os 100 produtos estão itens de bens de capital, de siderurgia, petroquímica e medicamentos. Grande parte das alíquotas, que variavam entre 12% e 18%, passou para 25%. Agora, retornarão ao patamar mais baixo. O Imposto de Importação vale para as compras brasileiras de países que não pertencem ao Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela.