quinta-feira, 4 de julho de 2013

Portuários confirmam greve nos dias 10 e 11 de julho

Para presidente da ABTP, paralisação das atividades só gerará prejuízos ao país e não resolverá o problema


Os trabalhadores portuários decidiram nesta terça-feira (2) durante reunião entre sindicalistas da Força Sindical e presidentes das entidades representativas de trabalhadores portuários, que a categoria entrará em greve nos dias 10 e 11 de julho.
Durante a reunião, ficou decidido que a greve do dia 10 pedirá o cumprimento da Convenção 137 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que garante aos trabalhadores do setor portuário registrados prioridade na contratação. Pela nova Lei dos Portos, aprovada no último mês de maio, os novos terminais ficam desobrigados de contratar os portuários por meio do OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra).
Para o Diretor Presidente da ABTP, Wilen Manteli, a paralisação das atividades só gerará prejuízos ao país e não resolverá o problema, “Ao invés de paralisarem as atividades nos portos mais uma vez, os líderes dos trabalhadores avulsos deveriam utilizar essa mesma energia para pressionarem as autoridades objetivando a aposentadoria daqueles colegas que têm idade ou estão inabilitados para o trabalho”.
A greve do dia 11 será em solidariedade ao Dia Nacional de Luta com greves e mobilizações, organizada pela Força Sindical e demais centrais sindicais. Esta mobilização luta “contra a inflação, por mudanças na política econômica, fim do fator previdenciário e redução da jornada de trabalho”.
Para Mantelli ele colaborar com os OGMOs para incrementar o treinamento do contingente remanescente elevará o padrão profissional dos trabalhadores. “Com avulsos  bem treinados, não será mais necessário pretender forçar a contratação dos mesmos através de lei, tanto dentro como fora do porto organizado, o que fere o princípio constitucional do livre exercício do trabalho”.
Os sindicalistas reclamam que, quando a MP 595 foi para a votação, o governo rompeu o acordo e votou a medida “sem nenhum avanço para os trabalhadores”.



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